A arquitetura da imigração italiana caracteriza-se por sua construção artesanal, onde todos os elementos necessários para compor o conjunto eram elaborados pelos próprios imigrantes. A forma de construir e as técnicas adotadas pelos italianos ganharam destaque no âmbito arquitetônico brasileiro por sua originalidade na solução de problemas de acordo com a disponibilidade de recursos e mão de obra em cada região.
De acordo com Posenato (1983), a arquitetura da imigração possuía linguagem própria, distinguindo-se das demais expressões arquitetônicas brasileiras de todas as épocas. A singularidade da arquitetura italiana colonial se deu através da combinação de materiais e técnicas construtivas que resultaram em uma notável expressão plástica que tendia à simetria e simplicidade, limitando somente ao essencial os elementos construtivos por meio de uma ornamentação discreta. A simetria e a composição de ritmos são características significativas dessa arquitetura, onde muitas vezes um eixo central demarca o acesso da edificação através da distribuição das esquadrias.
Nas edificações dos imigrantes, a composição assimétrica aparece como exceção, podendo ser vista com pouca frequência. A composição dos volumes dessas construções provém de retângulos que primam pela simetria. Há também uma hierarquia de volumes que diferencia o uso das edificações.